Nesta quinta-feira, 30, o comando local de greve - campus União da Vitória emitiu um comunicado aos servidores e comunidade acadêmica em relação às tratativas e a esclarecimentos sobre o contexto do movimento grevista.
No comunicado é explicado que até o momento não houve nenhum entendimento ou acordo pelas partes. A greve teve início no dia 25 de março, indo desta forma, para o terceiro mês de paralisação.
O movimento grevista terá uma reunião no dia 03/06, com a expectativa de que o governo retome o processo de negociação com os docentes.
Leia o comunicado na integra:
Nosso sindicato local - o SINDIEDUTEC - tem caráter misto, ou seja, representa tanto técnicos-administrativos (os TAEs) quanto docentes. Frisa-se que tal sindicato é filiado a duas federações sindicais (órgãos de representatividade nacional), sendo elas a FASUBRA (que representa os TAEs) e a PROIFES (que representa os docentes).
No dia 27/05/2024 (segunda-feira), a PROIFES assinou um acordo aceitando a proposta feita pelo governo aos docentes. Entretanto, as demais entidades sindicais de abrangência nacional envolvidas neste processo de negociação referente à carreira dos professores – sendo elas ANDES e SINASEFE – não assinaram o acordo em atendimento à recusa aprovada em suas assembleias locais. Cumpre destacar que a PROIFES representa apenas uma pequena parcela das instituições federais de ensino e boa parte daquelas que são filiadas à PROIFES também recusou a proposta do governo. No que tange à carreira TAE, ainda não ocorreu assinatura de acordo entre governo e as federações que representam os técnicos-administrativos (FASUBRA e SINASEFE).
Como desdobramento da pressão do movimento paredista, o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), inclusive, agendou uma nova reunião com as entidades sindicais em 03/06/2024, próxima segunda-feira, para tratar sobre a carreira docente.
Sobre a greve no IFPR e seu possível fim:
- Em 23/05 e 28/05/2024, por meio de assembleias, os docentes e os TAEs do IFPR,
respectivamente, recusaram as propostas do governo;
- Como o SINDIEDUTEC possui carta sindical – o que faz dele uma entidade independente
de outros sindicatos e federações –, ele pode manter a greve caso sua base de servidores
assim aprove, mesmo após a assinatura do acordo realizada pela PROIFES com o governo, segunda-feira, dia 27/05/2024.
O fim de greve será deliberado (votado) em assembleia estadual apenas quando as categorias avaliarem que suas reivindicações foram minimamente atendidas pelo governo.
Conclui-se, portanto, que o IFPR permanece em greve. A recusa que os servidores desta instituição fizeram das propostas do governo se justifica pelo fato delas não atenderem os pontos elencados como indispensáveis pelos servidores e servidoras, que amargam anos de arrocho e precarização das condições de seu trabalho.
É importante enfatizar que se trata de um movimento de abrangência nacional, logo a quase totalidade dos institutos e universidades federais permanece paralisada. Reiteramos que a manutenção da luta é indispensável para que as instituições federais de ensino possam dar continuidade ao trabalho educativo de excelência por que são socialmente reconhecidas.
O movimento grevista espera, assim, que na reunião de 03/06, o governo retome o processo de negociação com os docentes, bem como sinalize novas mesas de negociação que atendam às reivindicações de ambas as categorias.
