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Saúde

Planalto Norte tem segunda maior taxa de cura da tuberculose em SC

Índice de cura foi de 77,5% durante o ano de 2023

Publicado em 11/06/2024 às 08:59

(Foto: Carol Garcia/Agecom)

Dados presentes no informativo epidemiológico Barriga Verde, da Diretoria de Vigilância Epidemiológica do Estado (Dive) de Santa Catarina, apontam que a região do Planalto Norte registrou a segunda maior taxa de cura da tuberculose no ano de 2023, com um índice de 77,5%.

Ainda que a taxa de cura na região do Médio Vale do Itajaí seja superior à do Planalto Norte, com 78,2%, há também uma taxa de pacientes que abandonaram o tratamento, que é de 3,4%, enquanto que no Planalto Norte nenhuma desistência foi registrada durante o ano de 2023.

Neste sentido, tais regiões foram as únicas que atingiram as metas estabelecidas pelo Programa Nacional de Controle da Tuberculose, de ao menos 77,5% de cura e menos de 5% para abandono de tratamento.

A maior taxa de desistência do tratamento para tuberculose em Santa Catarina no ano de 2023 foi registrada na região da Grande Florianópolis, com um índice de 30,4% e apenas 44,8 de cura, figurando a terceira mais baixa estatística relacionada à cura da doença.

No Extremo Sul do Estado, apenas 37% de taxa de cura foi registrada no ano passado, com índices de desistência do tratamento em 12,3%.

O coeficiente de mortalidade por tuberculose em Santa Catarina, de acordo com os dados da Dive, apresentou queda entre os anos 2014 a 2016. Já partir do ano 2016, é possível observar um aumento até o ano de 2019, com queda nos anos de 2020 e 2021, e novo aumento a partir de 2022.

Na região do Planalto Norte, de acordo com estatísticas do DataSus, órgão do Ministério da Saúde que coleta e processa dados de saúde, apenas duas mortes por tuberculose pulmonar foram registradas entre os anos de 2020 e 2024, sendo uma em Mafra e outra em Canoinhas.

TRANSMISSÃO E SINTOMAS

A tuberculose é uma doença infecciosa e transmissível causada por uma bactéria que afeta, principalmente, os pulmões, mas também pode ocorrer em outros órgãos do corpo, como ossos, rins e cérebro. “A transmissão se dá por via aérea e pode acontecer de várias formas: através de fala, espirro e tosse da pessoa infectada. O contato direto com o doente em ambiente fechado e com pouca ventilação e ausência de luz solar representa maior chance de outra pessoa ser infectada”, explica Lígia Castellon Gryninger, médica infectologista da Dive.

O principal sintoma da tuberculose é a tosse (por três semanas ou mais), associada ou não a febre (especialmente à tarde), suor intenso à noite, falta de apetite e emagrecimento.

PREVENÇÃO

A vacina BCG é uma maneira de proteção contra as formas graves de tuberculose e faz parte do calendário vacinal, devendo ser feita ao nascimento. Além disso, como forma de prevenção e controle da doença, é importante investigar os contatos mais próximos da pessoa que está em tratamento para que seja descoberta a infecção ou doença o mais rápido possível. Desta forma, o tratamento é iniciado precocemente e há a diminuição de possíveis complicações, além da redução na transmissão.

O tratamento da tuberculose dura seis meses, é gratuito e está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS).

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