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Canoa centenária

Moradores do bairro Navegantes fazem apelo por restauro de canoa indígena

A canoa de imbuia foi construída a mais de cem anos

Publicado em 17/09/2021 às 17:00

Você conhece a canoa da praça Campolim Ramos no bairro Navegantes? Esta canoa centenária tornou-se um dos pontos turísticos mais visitados de União da Vitória. Cartão postal, ela compõe uma linda imagem com o rio Iguaçu, ponte e morro do Cristo ao fundo.

 Porem com a ação do tempo, ela está estragando, inclusive uma parte dela já foi vandalizada, arrancada e possivelmente jogada no rio. Por esse motivo, moradores do bairro se mobilizaram para fazer uma campanha de alerta “Salvem a Canoa do Bairro Navegantes”.


“Precisamos fazer alguma coisa, a canoa está quebrada, ela é uma peça de mais de cem anos que precisa ser cuidada. Ela conta a história do nosso povo, não podemos deixar ela assim”, conta Arlete Berton.


Segundo a moradora do bairro, a canoa indígena foi feita por Sebastião Canoeiro a mais de cem anos e a 28 anos está na Praça Campolim Ramos.

Daiane Escolaro coordenadora do setor de Desenvolvimento, Econômico, Turismo e Urbanismo de União da Vitória, explicou que já existe um projeto de revitalização para a praça e canoa, que inclusive a Praça Campolim Ramos já começou a receber reparos, “Nós temos ciência de que a canoa está com problemas e necessita de reparos, até por que ela fica na ação do tempo e acaba estragando, inclusive ela já passou por enchentes o que a danificou ainda mais. Mas ela será revitalizada, assim como a praça Campolim Ramos está sendo, já iniciamos as reformas, colocamos paver, poste republicano e o restauro da pintura no muro da passagem do vau, que foi finalizado a alguns dias. A questão da canoa, estamos fazendo um estudo para ver o que podemos fazer em relação a ela” explica Escolaro.

A coordenadora afirmou que estão estudando todas as possibilidades para manter a história da canoa no local, afinal ela é uma obra centenária.



Conheça um pouco mais sobre a praça pelo texto do jornalista Dago Woehl


A praça foi construída para homenagear Campolim Ramos e a sua lancha Iguaçu. O Capitão adquiriu a lancha em 1920. Fez promessa de comprar uma imagem de N. S. dos Navegantes “caso não faltasse frete e o rio não baixasse a ponto de impedir a navegação”. Em 1929, colocou a imagem num oratório encravado no paredão em frente à Ilha da Santa, no município de Paula Freitas. Campolim também motivou as procissões e festividades em homenagem a Nossa Senhora. A primeira Procissão dos Navegantes foi em 1967. No ambiente da praça está uma canoa feita pelo índio Velho Sebastião Canoeiro há pouco mais de 100 anos. Feita em imbuia, tem 8,20m e foi totalmente talhada a mão. O “véio Bastião” foi raspando, queimando e modelando a madeira até que a “árvore virou canoa”


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