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Neste Papo de Especialista, Edenir Rocha, Especialista em Finanças e Negócios, dá dicas para gerir de forma saudável o recurso pessoal x empresarial

Publicado em 05/04/2021 às 00:12

(Foto: Edenir Assis Leite de Paula Rocha)

Todos os autores e consultorias financeiras do mercado enfatizam a importância da simples prática de separar os recursos pessoais dos recursos empresariais. É um controle elementar na vida de um Gestor ou de uma Gestora, porém, pouco aplicado nas pequenas e médias empresas brasileiras. Mas por quê?

Essa mistura das contas pode ser explicada com uma visão histórica. No desenvolvimento do sistema econômico capitalista, o hoje chamado “empresário” era o “dono” dos fatores de produção. Ou seja, terra e capital. Com a industrialização, incorporou-se a esses fatores as plantas industriais. E como prêmio por ser dono dos recursos, o proprietário receberia uma remuneração em forma de arrendamento, aluguel, juros, royalties, ou, no caso do empresário, o lucro.

Hoje, basicamente são três as formas de um empresário ser remunerado na empresa. Pró-labore (quando exerce função dentro da empresa), juros sobre capital próprio (remuneração fixa como prêmio por ter injetado recursos na empresa) ou dividendos (parte do lucro dividida aos sócios).


Apesar desta organização de distribuição de recursos já não ser novidade no mundo empresarial, a visão de propriedade, “dono ou patrão”, ainda é bastante presente no Brasil, fazendo com que ocorra uma “mistura” financeira. Com esse sentimento de propriedade total, o empresário se sente no direito de utilizar os recursos da empresa da forma que quiser, assim como se faz com as finanças pessoais. E aí está o equívoco.

A visão atual/moderna de Empresário – Gestor, é de que este receberá uma remuneração advinda do lucro. Para isso, a empresa precisa ser lucrativa e ter essa distribuição de valores combinada de forma antecipada com os sócios. Neste modelo, a autonomia dos sócios dentro da organização se limita às atividades e funções. Mesmo como Diretor Geral, o empresário NÃO PODE UTILIZAR recursos da empresa para gastos pessoais. Porque nada é mais importante do que a sobrevivência e continuidade da organização. Caso o empresário não entenda esse posicionamento, poderá em pouco tempo, ter uma empresa falida, mesmo passeando de caminhonete importada.


Dicas para gerir de forma saudável o recurso pessoal x empresarial


- Tenha contas bancárias distintas

- Faça controles financeiros separados

- Conhece realmente o lucro da sua empresa

- Não conte com os dividendos da empresa para honrar suas contas fixas

- Reserve parte do lucro para reinvestimento na empresa

- Caso exerça função na empresa em que é sócio, pague mensalmente o pró-labore de acordo com a função

- Nunca, nunca, nunca utilize o capital de giro da empresa para compra de bens pessoais




Edenir Assis Leite de Paula Rocha

Graduação: Administração

Pós-Graduação: MBA Finanças, Controladoria e Auditoria

Docência no Ensino Superior

Mestrado: Desenvolvimento Regional

Atuação:

-Sócio-Consultor da SR Gestão nas áreas de Estratégia, Finanças e Governança Corporativa.

- Empresário

- Diretor de Planejamento em rede varejista;

- Professor Universitário



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